terça-feira, 22 de junho de 2010

Twitter: nova ferramenta para o jornalismo

Há os que acreditem que o microblog serve apenas para a troca de mensagens entre pessoas na internet , mas o Twitter se tornou mais que isso. Atualmente ele serve também para troca de informações, notícias e propagandas. A ferramenta está mudando a forma de fazer jornalismo.

O Twitter nasceu em 21 de março de 2006 às 18h02 (horário de Brasília). Permitindo só escrever 140 caracteres por mensagem, a ferramenta surgiu para promover a troca de mensagens de texto entre empresários, não para o que é utilizado hoje: diversão, autopromoção, fonte e divulgador de informação e compartilhamento. Atualmente mais de 75 milhões de pessoas no mundo o utilizam, entre elas, pessoas comuns, artistas, jornalistas, empresas etc. No Brasil há mais de 10 milhões de usuários.

Se observarmos bem, a ferramenta se tornou importante fonte de informação e divulgador de notícias. No jornalismo está se tornando indispensável. Os sensacionalistas que espionam os artistas para postar qualquer tipo de informação nos sites e jornalistas sérios buscam informações relevantes para um trabalho de excelência e notícia de interesse público.

Em junho de 2009, iranianos enviaram ao mundo mensagens utilizando o Twitter. Relataram o cenário do país pressionado pelo governo local. Isso foi extremamente importante para os jornalistas, pois profissionais de várias partes do mundo foram proibidos de divulgar as notícias sobre as eleições e foram obrigados a permanecerem nos hotéis do Irã. Já no dia 20 de abril deste ano, twitteiros enviaram ao jornalista Ricardo Noblat informações sobre as chuvas no rio. Todas as informações eram verdadeiras, e iam sendo postadas no twitter de Noblat para que todos os seguidores vissem. No mesmo dia, Noblat postou no blog que a internet permite que a notícia seja uma conversa com o público. O jornalista só utiliza o microblog para o jornalismo.

O microblog não atrapalha o trabalho dos jornalistas. Segundo o Ricardo Noblat o Twitter serve para ensinar os jornalistas a escreverem menos e serem ainda mais objetivos; um desafio para os profissionais. Quanto mais canais de distribuição de informações melhor para o jornalista. A forma como a ferramenta alcança o público divulgando a informação com rapidez é uma grande vantagem. Podemos postar mensagens de qualquer lugar a qualquer hora, por conta da internet e da portabilidade, até mesmo com celulares.

Jornalistas não usam o Twitter só para a profissão, muitos usam para contar o seu dia-a-dia e os bastidores das matérias. William Bonner âncora do Jornal Nacional na rede Globo de Televisão relatava ao público o que fazia durante o dia e ainda pedia para as pessoas escolherem sua gravata para usar quando apresentasse o Jornal Nacional. Ele relatou a Veja que conheceu o Twitter numa palestra dentro da TV Globo que foi apresentado pelo diretor-presidente da área de internet.

Mas os que querem por meio da ferramenta acompanhar um fato que já aconteceu devem recorrer aos sites jornalísticos. Se utilizarmos as tags (palavras mais buscadas e mais utilizadas por usuários) até se tem alguma informação, mas é um pouco confuso achar o início da conversa. As tags servem de fórum de discussão. Muitas pessoas entram no Twitter sem saber de um determinado acontecimento importante do dia e descobrem ali o que acontece no país e mundo. As tags ainda nos permitem lembrar datas de comemorações nacionais e internacionais.

Os problemas com a ferramenta também existem. Muitas vezes você não sabe quem esta falando pelo Twitter. Existem na rede perfis de pessoas se passando por especialistas, jornalistas, celebridades e mídias jornalísticas. Deve-se apurar sempre. Ao ver uma informação, devemos checar se o perfil é verdadeiro e se a informação confere.

Não se trata aqui de transformar a rede social em um local exclusivo de informações jornalísticas com conceitos de noticiabilidade. Estamos falando do rumo que a ferramenta tomou, ajudando os jornalistas a produzir notícias e divulgá-las. Além da interação com o público, que faz da notícia uma conversa. A informação pode ser levada a debate e ter o maior alcance de leitores.

Taís Lenny

Dunga X Rede Globo


E a polêmica da vez é Dunga ter tratado mal a imprensa. O técnico da seleção brasileira após o jogo entre Brasil e Costa do Marfim, já na coletiva de imprensa, ironizou e falou palavrões para Alex Escobar jornalista da TV Globo. Acredito que este tenha sido o maior problema. O técnico não permite regalias á imprensa, nem mesmo quando esta é a Rede Globo de Televisão. Não permite que seus jogadores dêem entrevistas fora de hora ou tenham folga. Segundo Dunga assim eles não estariam de folga e sim trabalhando para os jornalistas. Os programas de humor, também e ainda mais, estão terminantemente proibidos de se aproximar.

A mídia hoje em dia pode tudo, quer de qualquer maneira ter o furo e não se importa com assuntos de interesse público ou do público, o importante é o que dará mais audiência. A TV globo levou para África do Sul uma grande quantidade de jornalistas e está conseguindo mostrar pouco além dos jogos. As curiosidades dos jogadores e o samba no ônibus deverão ficar para próxima Copa do Mundo.

Não se trata aqui de defender o Dunga ou a Rede Globo que fez o Tadeu Schmidt com um texto em tom editorial se manifestar no Fantástico. Os dois lados estão errados. O público gosta de saber o que acontece com a seleção que está representando seu país, mas o nosso técnico está dificultando as coisas. E o papel do jornalismo é divulgar informações para o público.

No twitter foi gerada uma nova repercussão, ao invés de CALA BOCA GALVAO é CALA BOCA TADEU SCHMIDT. Não adianta as pessoas estarem criticando o jornalista, ele é um funcionário que deve seguir a linha editorial de sua emissora. O texto foi dele, mas a idéia não. "Xingou o técnico, é jornalismo; xingou os jornalistas, é crime contra a liberdade de imprensa. CALA BOCA TADEU SCHMIDT", disse um usuário do microblog. O que não deixa de ser verdade.

Taís Lenny

quinta-feira, 17 de junho de 2010

primeiro semestre de faculdade

Eu iniciei esse ano com muitas dúvidas, não sabia o que me aguardava na Anhembi Morumbi. Sempre tive certo receio com essa faculdade, mas acabou que o destino me levou até ela e foi talvez a melhor coisa que me poderia ter acontecido.

Conheci um grupo de colegas maravilhosas, que em muito pouco tempo se transformaram em amigas, parceiras, fofinhas. Dessa forma eu não me senti isolada, o que eu sempre temo quando chego à um lugar diferente. Foi mais fácil por causa delas.

Também pude entender certos valores que estavam esquecidos dentro de mim, voltei a aprender a estudar e tive que aprender a me esforçar, agir por mim e para os outros; me convencendo de que daqui pra frente tudo será mais complicado e que apesar das brincadeiras e dos momentos de discontração, se não houver aquela dedicação cem por cento desde o começo a pressão a respeito dos resultados finais aumenta muito.

Quando eu me dei conta de que estava na faculdade, já era tarde demais. Pontos importantes já haviam sido perdidos, falhas foram cometidas e eu acabei me perdendo, me encontrei de uns dois meses pra cá. Logo, estou aflita por causa de uma matéria e é por causa dessa matéria que eu ainda não posso me considerar de férias; mas eu sempre fui muito positiva e nesse caso não é diferente. Vou passar bem, muito bem, I do believe. Mas pro segundo semestre fica a dica sobre como eu devo me comportar e me ajudar na faculdade.

Aprendi a escrever em pirâmide invertida, em nota manchetada, títulos, subtítulos, caixa alta, toques e lead. Tive que aprender a ser curiosa, formular perguntas, respostas e resumir. O texto de rádio, o de televisão e o de jornal são completamente diferentes e existe deadline pra tudo, até pra entregar as atividades. Mas dentre tantas descobertas nesses últimos meses eternos, uma é considerada por mim a mais importante: A que confirma que eu quero mesmo ser jornalista. E agora que eu sei disso, não vou desistir.

Rejane Santos

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A morte de Tancredo e o Governo Sarney

A ditadura termina com a transferência do poder aos civis. Após o governo de João Batista Figueiredo, houve uma tentativa de apresentar como candidato a sucessão presidencial o político paulista Paulo Salim Maluf (os maus vivem muito) do Partido democrático Liberal (PDS). Paulo Maluf era favorito entre aqueles que fizeram parte do pacto de dominação estabelecido desde o golpe de 1964.

Claro que havia dissidentes no Brasil, aqueles que não concordavam em colocar o Maluf no poder. Esses também pertencentes do PDS fundaram uma nova agremiação política: o Partido da Frente Liberal (PFL).

Criado o novo partido o PFL formou uma aliança com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que tinha como candidato Tancredo Neves, o vice seria José Sarney (os maus vivem muito [2]).

A eleição presidencial foi indireta, o povo que era o mais interessado não podia votar. O colégio eleitoral era formado por senadores e foi decidido na Câmara Federal. Tancredo Neves foi eleito com 480 votos contra 180. Mas não podemos dizer se foi um bom presidente.

A posse do novo presidente estava marcada para 15 de março de 1985. Mas infelizmente, ou felizmente para o Sarney, Tancredo teve problemas de “saúde”. O presidente sem posse morreu no dia 21 de abril (mesmo dia que Tiradentes), aos 75 anos de idade, de infecção generalizada.

Muitos não acreditam que a morte foi provocada, ou mesmo que não fizeram nenhum esforço para salvar o presidente sem posse e ainda que esconderam o corpo e Tancredo morreu quatro dias antes de ser divulgada a morte pela mídia. Glória Maria é apontada como cúmplice. Logo após a morte de Tancredo ela ficou um tempo afastada da mídia e até hoje se nega a falar sobre o assunto. Como não temos provas, sugiro aos leitores que pesquisem sobre e tirem suas próprias conclusões.

Essa historinha só nós mostra uma coisa: ainda existem mistérios sobre o Brasil além da Ditadura. E só para contextualizar Aécio Neves, que hoje se recusa em ser vice-presidente de José Serra, é neto de Tancredo.

Voltemos então a falar de Sarney. Com a morte inesperada de Tancredo, as pessoas duvidavam se Sarney deveria mesmo tomar o lugar do outro. Políticos da oposição temiam que houvesse uma intervenção militar e a redemocratização estivesse perdida. Mas não, o vice do presidente morto assumiu o poder na data de posse do último.


Durante seu governo o presidente Sarney não foi bem sucedido em seus planos tendo uma grave crise econômica e um quadro de hiperinflação histórica, mas a consolidação da democracia brasileira foi bem vinda.

Falando da área econômica, o governo Sarney fez uma ampla reforma monetária conhecida como Plano Cruzado em 1986 que era como um congelamento geral de preços por um ano, e a adoção do “gatilho salarial” expressão adotada na época para designar o reajuste automático de salários sempre que a inflação atingia ou ultrapassava os 20%. Porém não deu certo a todo momento a inflação subia exigindo que medidas fossem tomadas. Um outro programa econômico foi criado (o terceiro do governo), chamado Plano Verão que não ajudou em nada e entre fevereiro de 1989 e março de 1990, o Brasil entra numa profunda crise e a inflação chega a 2.751%.

O grande feito durante o governo Sarney foi a redemocratização do país. A nova constituição foi em 5 de outubro de 1988, a mais democrática da história. A nova Carta adotou o presidencialismo como forma de governo com votação direta e em dois turnos, afirmou a independencia dos três poderes, restringiu as forças armadas e deu votos aos analfabetos e maiores de 16 anos entre outras coisas.


Em 1989 foram feitas eleições diretas para Presidente da República, as primeiras em 29 anos. Sarney foi sucedido por Fernando Collor de Melo que será tratado no próximo post.

Tais Lenny